Sou o teu sol. Um pequeno e
grande sol, agrafado no céu, que muitas das poucas vezes se solta. E
quando se solta é só mesmo para te beijar o rosto rosado. Saborear de
uma dentada tua, o doce que em ti reside. Afagas-me o rosto nos teus
pequenos braços. Não te queimo, nem o tenciono fazer. Permaneço por
aqui, a ver-te sorrir, a iluminar os cantos e recantos de dias em que o
céu teima em mudar de cor. Estou sempre por aqui, de braços abertos e de
peito quente, de voz deliciosa, para te receber e no mesmo momento
aconchegar. À noite, quando tens medo, fazes as asas escondidas por de
baixo da tua roupa, romper as mesmas, para voares. Voares para perto de
mim, da tua fonte de calor. Voares para um canto no céu, aquele canto
que tu tanto gostas. O único onde tu nunca te sentes sozinha, e sabes
que se chorares, valerá apena, e que a voz, meiga e carinhosa, as faz
parar, e com os seus longos e quentes braços, te faz sentir melhor. Fica
acordado até adormeceres, olhando para ti. Vendo-te sorrir de contente.
Hoje não choras mais, minha bela princesa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário