domingo, 24 de junho de 2012

por caminhos bagunçados

 


 Não pedi que me encontrasse, nem que estivesse na esquina mais próxima depois daquela curva - você sabe, aquela curva que passa entre o caminho desenhado pelos nossos dedos cansados dos rascunhos mal feitos - marcada com tantas idas e vindas mas também com o esplendor de quando a primavera anunciava a sua chegada, com a mistura tenra de cores e o balançar voluptuoso dos arbustos dominados pelo sopro agradável do vento. Você sabe que prefiro os caminhos mais curtos, as lembranças mais recentes e as curvas mais conhecidas - mas não ''aquela curva'' - porque sei bem o que existe antes dela, mas e depois? O depois é sempre um misto do mistério da descoberta cercado por caminhos bagunçados, formando um labirinto como nos antigos castelos medievais. Desses caminhos eu tenho medo, se entrar não sei achar a saída. Vou me perder nos arbustos de arame farpado disfarçados de arco íris, e aí meu bem.... aí não me acho mais... Por isso vou mudar de caminho, nada de curvas, só linhas retas, aliás, isso facilita as minhas escolhas - você sabe, não sou boa com caminhos, com escolhas, com curvas e muito menos em achar as saídas mais simples...

Nenhum comentário:

Postar um comentário