quinta-feira, 31 de julho de 2014

Aquelas manhãs ensolaradas dos dias de infância que ficaram para trás como simples recordações não foram esquecidas, ou jogadas em uma gaveta qualquer e deixadas para ganhar poeira. Não foram gravadas apenas em álbuns de fotografias que seriam abertos anos depois. Aquelas tardes de conversa desprendida, de idas à escola ou fugidas ao parque no meio da aula, para tomar um sorvete com a paixão da adolescência, com o primeiro amor ou aquela pessoa que deixava a gente suando frio, não foram meros momentos. Aquelas poesias escritas nas folhas amassadas e perfumadas dos diários, aqueles trechos de músicas ou as confissões tão secretas, não foram apenas palavras lançadas ao vento... E as noites? O que dizer das noites vividas tão impetuosamente, andando de mãos e braços abertos para o sentimento de liberdade? O toque do vento no rosto durante a viagem com os amigos, no momento mais inesquecível que tivemos e vivemos... Quando nos formamos ou quando assistimos o nascimento do primeiro filho. A chegada dos primeiros amigos. Dos primeiros netos. Dos primeiros bisnetos. O abraço do filho mais novo e do filho mais velho. O carinho dos filhos do meio. A unidade do filho único. O primeiro e o último beijo do amor da sua vida. Tudo isso não é nada se não a Vida - aquele depósito de recordações memoráveis, com as quais a gente vive e renasce todos os dias. Lembra e assiste novamente cada uma das cenas. Porque o que a memória leva e ama, fica guardado para sempre. Viver é sentir que tudo que vivemos e ainda vamos curtir é o motivo que nos faz continuar sorrindo. face / terceira idade .

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