domingo, 27 de março de 2011

Mãe Deixa-me Viver


Sozinho, escondido
Num canto do teu ser
Debato-me e grito:
“Mãe, quero viver”
Pensaste em mim
Num qualquer amanhecer
Hoje suplico-te:
Ou não foi bem assim
E, de um qualquer acaso,
Apareci eu do teu esquecer…
Mostra-me a vida,
O mundo que é teu
E, se me amas
“Deixa-me viver”
Não escolhi ser eu.
Involuntariamente aceitei
Ser parte da tua vida.
Indefeso e frágil
Aninho-me e agradeço
A tua doce guarida.
E, sem poder falar-te
Sinto já no teu sentir
Que és minha Mãe querida!
Amo-te já sem saberes,
Acompanho-te e aprendo
Os teus passos inseguros…
Quando num momento de loucura
Queres cortar o meu crescer.
Escuta-me dentro de ti
No meu grito desaparecido
MãeDeixa-me Viver

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