Não sei se saudade tem cor.
Dizem que sim.
O que eu sei é que ela tem forma.
Tem gosto. Tem cheiro.
E peso também.
E acredite, ela tem asas!!!
Se não, como nos transpor taria
E sei ainda que ela se agiganta
quand o mais tentamos diminuí- la.
Sei que ela dói de dor intensa e sem remédio.
Se não fosse ela, não sei se teríamos consciên cia
do tamanho da importân cia das pessoas pra gente.
Porque quando amamos alguém,
a saudade já chega por antecipa ção, sorratei ra,
disfa rçada de algo que não consegui mos decifrar.
É aquela dor fininha de não sei o quê, a angústia boba
q ue nos invade só de imaginar a separaçã o.
E a gente fica meio sem saber o que fazer.
Mas é assim...
É uma dor que gostamos de sentir, um sabor que
qu eremos provar, é algo que não sabemos explicar,
mas é quase palpável.
É amor disfarça do de muita coisa.
São emoções guardada s bem lá no fundo.
Sauda de... Do que foi e do que vai ser.
Saudad e que nos acompanh a pra diminuir a solidão
e que nos mostra, sobretud o, que estamos vivos.
Aprend i ainda que saudade não mata.
É só quase.
A gente pensa que vai morrer, mas sobreviv e sempre,
porqu e ela traz escondid inha nela uma outra coisa
porqu e saudade, como o amor, não é cega,
sauda de vê mais além.
(Letíc ia Thompson ).
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