Menino atento
Daniel
percebeu certa tarde que há tempo para tudo, algo que sua mãe sempre
repetia. E desconfiou que, então, se o tempo precisa ser dividido para
tudo, quando um tempo passa ele não volta mais, pois o tempo será
ocupado por novidade. Mas o personagem, se velho, tem mania de refletir
sobre os caminhos que sua vida tomou, e, jovem, acredita que pode
reviver coisas boas do passado, encontrar antigas companhias e ter
aquilo que acredita ser uma tarde propriamente dita.
Acontece que
faltava a ele considerar que esse tal de tempo é brincalhão, criança
boba, que adora jogar. Faltou imaginar que essa existência humana
considerada no curso dos anos, o tempo, muda muita coisa na vida de cada
um. Logo, o cada um de cada um pode não entrar mais em congruência com
aqueles que concordavam antes. Explico, a visão de mundo, a forma de
encarar esse desafio de viver e os interesses mais diversos, mudam.
Basta
um dia após o ontem para que aceitemos novos desafios. É fácil
acreditar em mais coisas, aprender, experimentar e talvez mudar, digo em
um sentido bom. E aí, o que em uma manhã já te fez sorrir, de noite
você prende, não consegue se livrar, mas não enxerga da mesma forma.
Daniel, você é outro, é melhor, é mais do que antes e o mesmo de antes.
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