sexta-feira, 29 de abril de 2011

NA DESESPERANÇA


Ocasiões existem em que é a inspiração se vai.

Em que toda a vida vos parece sem sentido, em que todo o esforço se vos afigura inútil. Em que derramais, sobre as cores da existência, a negra tinta da desesperança.

Como se as nuvens de chuva pudessem apagar as estrelas, e não apenas ocultar temporariamente o seu esplendor.

Como se as angústias de uma noite durassem para sempre, e não fugissem aos primeiros raios do sol.
Como se a Tristeza e a Felicidade não alternassem as visitas que fazem aos vossos corações.

Por que, então, insistis em abrigar a desesperança?

Não sabeis, acaso, que vossas agruras de hoje em breve irão juntar-se às muitas que hoje não passam de lembranças?

Por que sofrer pelo passado de amanhã?

Aprendei a valorizar os vossos momentos de tristeza, como desfrutais dos instantes de alegria.

E quando a bruma do desânimo buscar tolher-vos a visão buscai as forças necessárias para que nós possais descortinar as montanhas das vossas esperanças.

Pois àquele que olha sempre para o céu, nada significa a lama do caminho; que apenas lhe pode respingar os pés, mas jamais impedir-lhe a caminhada.

Nunca, jamais, deveis desanimar.

Pois a tristeza é passageira como a alegria.

E, se ambas existem, é para que possais abrir os olhos que, um dia,vos permitirão enxergar a vida como ela é, e não como imaginais que seja.

Os olhos do vosso verdadeiro Eu.

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