sábado, 25 de fevereiro de 2012

A pior e a melhor comida do mundo


Blog de cristificados :Juventude Cristificada, Uma parábola...

o “Momento de Fé”, do Pe. Marcelo Rossi, adaptado pelo “Cristificados”.

A pior e a melhor comida do mundo

Há muito tempo, um rico mercador grego tinha um empregado chamado Tim, um escravo sem grande força ou habilidades, mas com uma sabedoria singular.

Então, um dia, o rico fazendeiro, quis colocar à prova as qualidades de seu empregado. E disse:

– Toma, Tim. Aqui está esse saco cheio de moedas. Corre ao mercado e compre lá a pior comida que houver, seja o que for, para um banquete. Mas, não tentes me enganar.

Pouco tempo depois, Tim voltou com um prato coberto por um pano e o pôs sobre a mesa. Quando o mercador levantou o pano, ficou surpreso:

– Língua?

Tim baixou os olhos e respondeu:

– A língua, senhor, é o que há de pior no mundo. É a fonte de todas as intrigas, o início de todos os processos. A mãe de todas as discussões. É a língua que separa a humanidade, divide os povos. É ela quem mente, esconde, engana, blasfema, insulta, se acovarda, xinga, destrói, vende, corrompe. Com a língua dizemos “morre”, “eu te odeio”, “você é um infeliz”, “você é um incapaz”. A língua é o órgão da mentira, da discórdia, dos desentendimentos. Aí está, senhor, porque a língua é a pior comida do mundo.

– Muito bem, Tim! Tu realmente cumpriste tua missão. Tome agora esta sacola de moedas e me traga a melhor comida do mundo.

Mais uma vez, passou algum tempo e o empregado estava de volta, trazendo um prato coberto por um pano de linho fino.

O mercador recebeu-o com um sorriso e disse:

– Já sei o que há de pior. Vejamos agora o que há de melhor...

Após levantar o pano, o mercador ficou indignado com o que viu:

– Que brincadeira de mau gosto! Língua? Outra vez? Tu não disseste que isso era o que havia de pior?

O escravo, humilde, baixou a cabeça e explicou-se:

– O que há de melhor que a língua? A língua é que nos une a todos quando falamos. Sem a língua não poderíamos nos comunicar completamente. A língua é o órgão de verdade e da razão. Graças a ela é que se constroem as cidades, casas e tudo o que há. É com ela que expressamos o nosso amor. Com a língua se ensina, se instrui, se reza, se explica, se canta, se elogia, se demonstra e se afirma. Com a língua dizemos: “querido”, “amor”, como também “Deus”, “sim”, “tudo vai dar certo”, “obrigado”, “eu te amo”, etc. A língua é órgão do diálogo. É a língua que torna eternas as idéias dos grandes salmistas e as idéias dos grandes escritores.

Moral da Parábola – Deus nos deu “uma faca de dois gumes”: a língua. Podemos usá-la para o bem ou para o mal.

Quem decide isso somos nós, porém, que recebe as conseqüências são os outros. Por isso é importante que controlemos nossa língua.

Deus nos deu um instrumento maravilhoso, que é nossa língua. Porém, o pecado faz dessa maravilha, uma arma de destruição. Que ela não seja arma inimiga, mas canal da verdade e do Amor.

O processo é simples: o coração sente, a língua expressa.

Com efeito, que nosso coração seja cheio de Deus, pois conseqüentemente, nossa língua falará de Deus e o mundo será mais feliz.

O mundo será bem melhor, se nossas línguas começarem a ser utilizadas conforme o objetivo do Pai, quando a criou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário