domingo, 4 de novembro de 2012
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Daqui há pouco
Daqui há pouco você vai crescer e achar tudo isso ridículo. Antes que tudo se perca, enquanto ainda
posso dizer sim, por favor, chegue mais perto" [Caio F. Abreu]
domingo, 14 de outubro de 2012
- É que um carinho às vezes cai bem.!
Ando
com uma vontade tão grande de receber todos os afetos, todos os
carinhos, todas as atenções. Quero colo, quero beijo, quero cafuné,
abraço apertado, mensagem na madrugada, quero flores, quero doces, quero
música, vento, cheiros, quero parar de me doar e começar a receber.
Sabe, eu acho que não sei fechar ciclos, colocar pontos finais. Comigo
são sempre vírgulas, aspas, reticências. Eu vou gostando, eu vou
cuidando, eu vou desculpando, eu vou superando, eu vou compreendendo, eu
vou relevando, eu vou… e continuo indo, assim, desse jeito, sem virar
páginas, sem colocar pontos. E vou dando muito de mim, e aceitando o
pouquinho que os outros tem para me dar."
PARA REFLETIMOS UM POUCO!!!!!!
Há alguns anos, nas olimpíadas especiais de Seattle,
9 participantes, todos com deficiência mental, alinharam-se
para a largada da corrida de 100 metros rasos.
Ao sinal, todos partiram, não exatamente em disparada,
mas com vontade de dar o melhor de si, Terminar a corrida e ganhar.
Um dos garotos, caiu e começou a chorar.
Os outros ouviram o choro, e olharam para trás.
Então voltaram.
Uma das meninas com Síndrome de Down ajoelhou,
deu um beijo no garoto e disse:
- Pronto, agora vai sarar!
E todos os 9 competidores deram os braços e andaram
juntos até a linha de chegada.
O estádio inteiro levantou e os aplausos duraram muitos minutos...
Talvez os atletas fossem deficientes físicos e mentais....
Mas com certeza, não eram deficientes espirituais...
"Isso porque, lá no fundo, todos nós sabemos
que o que importa nesta vida, mais do que ganhar
sozinho é ajudar os outros a vencer, mesmo que isso
signifique diminuir os nossos passos...
PENSE NISSO!!!!!!!!
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Empadão de Frango
- Massa
- 1/2 kg de farinha de trigo
- 200 gr de margarina Qualy
- 150 gr de gordura vegetal hidrogenada
- 2 unidade(s) de gema de ovo
- 2 colher(es) (sopa) de água gelada(s)
- quanto baste de sal
- Recheio
- 1 unidade(s) de peito de frango desossado cozido(s) e desfiado(s)
- 1 unidade(s) de cebola ralada(s)
- 2 dente(s) de alho amassado(s)
- 2 unidade(s) de tomate picado(s), sem pele(s), sem sementes
- quanto baste de manteiga
- quanto baste de cheiro-verde picado(s)
- 1 colher(es) (sopa) de farinha de trigo
- 1/2 xícara(s) (chá) de leite
- quanto baste de sal
- quanto baste de requeijão culinário
Empadão de Frango
Pode ser no lanche, pode ser na refeição ou até numa festinha! Este empadão de frango sempre vai fazer sucesso e, esta receita, é clássica. Aproveite! Receita indicada por Debora Vieira CoelhoIngredientes
- Massa
- 1/2 kg de farinha de trigo
- 200 gr de margarina Qualy
- 150 gr de gordura vegetal hidrogenada
- 2 unidade(s) de gema de ovo
- 2 colher(es) (sopa) de água gelada(s)
- quanto baste de sal
- Recheio
- 1 unidade(s) de peito de frango desossado cozido(s) e desfiado(s)
- 1 unidade(s) de cebola ralada(s)
- 2 dente(s) de alho amassado(s)
- 2 unidade(s) de tomate picado(s), sem pele(s), sem sementes
- quanto baste de manteiga
- quanto baste de cheiro-verde picado(s)
- 1 colher(es) (sopa) de farinha de trigo
- 1/2 xícara(s) (chá) de leite
- quanto baste de sal
- quanto baste de requeijão culinário
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Modo de preparo
MassaMisture a farinha com as gorduras e faça uma farofa com as mãos. Acrescente as gemas e a água misturando sem trabalhar muito a massa. Deixe descansar por meia hora. Abra metade da massa em uma fôrma - de preferência com fundo removível - nos fundos e nas laterais com as mãos abrindo o mais que puder.
Recheio
Refogue em um pouco de manteiga o alho e a cebola. Depois acrescente o frango desfiado e os tomates. Refogue mais um pouco. Acrescente a farinha dissolvida no leite, e mexa até ficar tudo ligado. Junte o cheiro-verde e o sal. Deixe esfriar.
Montagem
Recheie e distribua por cima lascas do requeijão culinário. Abra a outra metade da massa com um rolo sobre um pedaço de filme plástico e disponha por cima do recheio fechando o empadão nas laterais. Pincele com uma gema e leve ao forno pré-aquecido até dourar bem.
Receita da Sopa Emagrecedora
hoje acordei pra vencer
Além de saborosa, ela fará você perder vários kilos no mês, basta seguir as orientações da Receita.
Receita da Sopa Emagrecedora
- Ingredientes:
3 chuchus,
3 cenouras,
1 maço de couve,
1 maço de espinafre,
1 maço de agrião,
2 tomates sem sementes,
1 colher de (sopa) de tempero caseiro de alho com cebola e sal ou um refogado de 1 dente de alho amassado com 1/2 cebola picada em azeite extravirgem,
300g de filé de frango cortado em pequenos cubos,
1 REPOLHO ROXO GRANDE
1 PIMENTÕES
1 colher (sopa) de azeite extravirgem para regar depois de pronta.
- Preparo
Cozinhe o frango com os demais ingredientes cortados em pedaços bem pequenos. Deixe no fogo até as cenouras ficarem bem macias e, o frango, bem cozido. Sirva acompanhada de 1 copo de suco natural.
Bom apetite!!!
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
domingo, 9 de setembro de 2012
Um pedaço de você
Texto: Paulo Roberto Gaefke
Um pedaço de você já ficou no tempo, quando você deixou de ler um bom livro, quando não acreditou naquele amigo…
Quando não aproveitou aquele instante para falar de amor, quando não abraçou seu pai e nem beijou a mãe.
Um pedaço de você se perdeu na curva, quando abandonou o seu sonho sem tentar, quando aceitou trabalhar onde não gostava, quando fazia o que não suportava…
Quando disse sim, quando queria dizer não, quando deixou o amor morrer antes de nascer, por medo de sofrer…
Um pedaço de você ficou parado, quando você não quis fazer um novo percurso, quando se conformou com o velho, quando ficou parado vendo o povo correr…
Quando votou em branco, se podia escolher, quando não apareceu quando era esperado.
A vida pede atitude em cada instante, e passa por cima de quem se cala, de quem aceita, de quem acredita que tudo está irremediavelmente perdido.
A vida desacata quem não se aceita, humilha quem não se valoriza, ensina com amor os que amam sem medidas, ensina com dor, os que fogem das lições.
Um pedaço de você quer tudo, outro quer se esconder.
Assim, cabe a você, só a você, dosar ansiedade e apatia, ter um tempo para criar e outro para executar…
Falar e ouvir, ensinar e aprender, caminhar e correr…
Amar e ser amado, falar baixo e gritar. Ter um tempo para refletir…
Só não vale cruzar os braços! Só não vale não ser você! Só não vale esquecer: Que nada é mais importante que você.
Quando não aproveitou aquele instante para falar de amor, quando não abraçou seu pai e nem beijou a mãe.
Um pedaço de você se perdeu na curva, quando abandonou o seu sonho sem tentar, quando aceitou trabalhar onde não gostava, quando fazia o que não suportava…
Quando disse sim, quando queria dizer não, quando deixou o amor morrer antes de nascer, por medo de sofrer…
Um pedaço de você ficou parado, quando você não quis fazer um novo percurso, quando se conformou com o velho, quando ficou parado vendo o povo correr…
Quando votou em branco, se podia escolher, quando não apareceu quando era esperado.
A vida pede atitude em cada instante, e passa por cima de quem se cala, de quem aceita, de quem acredita que tudo está irremediavelmente perdido.
A vida desacata quem não se aceita, humilha quem não se valoriza, ensina com amor os que amam sem medidas, ensina com dor, os que fogem das lições.
Um pedaço de você quer tudo, outro quer se esconder.
Assim, cabe a você, só a você, dosar ansiedade e apatia, ter um tempo para criar e outro para executar…
Falar e ouvir, ensinar e aprender, caminhar e correr…
Amar e ser amado, falar baixo e gritar. Ter um tempo para refletir…
Só não vale cruzar os braços! Só não vale não ser você! Só não vale esquecer: Que nada é mais importante que você.
Com a ajuda dos amigos
Texto: Ivan Martins (Revista Época)
Percebi outro dia que parte dos casais que eu vi surgir no início dos anos 2000 não existe mais. Várias pessoas que começaram a namorar naquela época, e que nos anos seguintes viriam a casar e ter filhos, não estão mais juntas. Elas se separaram ou estão em processo de separação. Começam inclusive a formar novos pares. Algumas estão com pessoas totalmente novas, outras revisitam relações antigas. Os que estão sozinhos têm o ar de que ainda não se acostumaram à nova situação.
Todos parecem estar bem, mas, ainda assim, um pedaço de mim entristeceu ao constatar as separações.
Acho que a gente simplesmente não gosta que as histórias dos outros acabem. A vida das pessoas de quem a gente gosta deveria ser como um filme que termina, congela e se eterniza no beijo final. Assim ele pode ser repetido a qualquer momento. A gente quer um final feliz eterno porque estava lá quando os amigos se agarraram pela primeira vez, porque soube quando eles transaram no réveillon da praia, porque dançou, bebeu e se emocionou até as lágrimas quando eles se casaram. Naquele dia memorável eles pareciam tão apaixonados, tão jovens e tão bonitos que nada poderia impedir que se amassem para sempre.
Alguém aí põe “Eduardo e Mônica”, por favor?
A imagem da felicidade dos casais amigos é tão preciosa que não pertence apenas a eles. Ela faz parte da nossa vida. Compõe o filme da nossa existência. Está lá junto com a foto engraçada em que nos preparamos para a primeira balada. Faz parte da mesma sequência em que estamos gritando e batendo panelas na passeata. Lembra daquele momento em que todo mundo está bêbado e abraçado na festa da formatura? A gente se amava tanto… Essa é a sensação, essa é a imagem que a gente quer levar para o resto da vida. Pode tocar “With a little help from my friends”, da abertura de Anos Incríveis.
Nostalgia é um sentimento delicioso, mas ele não deveria dirigir a nossa vida. Assim como a adolescência e os dias de “cabelo ao vento e gente jovem reunida” da faculdade fatalmente acabam, a grande paixão inesquecível da juventude também deixa de existir para muitos de nós. Haverá aqueles que tendo encontrado o amor aos 17 anos crescerão com ele até casar, ter filhos e construir, com base nessa relação afortunada, uma vida intensa e plena. Para outros, não. Para esses será preciso deixar para trás o amor dos 20 anos e descobrir outras formas de amar, outras pessoas, outros tipos de relação. Também nisso há uma espécie de fortuna: a possibilidade de viver outras vidas na mesma vida, a possibilidade de começar de novo quantas vezes for preciso.
A boa notícia é que a vida se renova em todas as formas que a gente decide viver. Muitas vezes literalmente.
No mesmo momento das separações, há pessoas que estão celebrando uniões duradouras com o primeiro filho, depois de terem batido pé por boa parte do mundo. Há outras que tendo procurado o amor com a dedicação e a ansiedade dos caçadores de tesouro, agora parecem sossegadas, e se preparam para por no mundo uma menina que nasce para dizer: encontrei!
No mundo que nós recebemos de nossos pais, e ajudamos a definir com as nossas escolhas todos os dias, parece não existir uma única direção em que as coisas se movem. Certamente não existe uma única maneira de fazer as coisas e um tempo único em que elas aconteçam. Todos os tempos convivem e todos os estilos de vida se tocam. O essencial é que todos eles sejam cercados de carinho, amizade e tolerância.
Não é possível estender a ternura visceral e a solidariedade da adolescência para o resto da vida, mas talvez seja possível organizar um mundo do qual ela não tenha sido varrida. Um mundo em que as pessoas construam suas vidas, da forma que acharem melhor, sob o olhar generoso e cúmplice de quem fez parte dela. Com a ajuda dos amigos e cercado por eles, fica tudo mais fácil.
Percebi outro dia que parte dos casais que eu vi surgir no início dos anos 2000 não existe mais. Várias pessoas que começaram a namorar naquela época, e que nos anos seguintes viriam a casar e ter filhos, não estão mais juntas. Elas se separaram ou estão em processo de separação. Começam inclusive a formar novos pares. Algumas estão com pessoas totalmente novas, outras revisitam relações antigas. Os que estão sozinhos têm o ar de que ainda não se acostumaram à nova situação.
Todos parecem estar bem, mas, ainda assim, um pedaço de mim entristeceu ao constatar as separações.
Acho que a gente simplesmente não gosta que as histórias dos outros acabem. A vida das pessoas de quem a gente gosta deveria ser como um filme que termina, congela e se eterniza no beijo final. Assim ele pode ser repetido a qualquer momento. A gente quer um final feliz eterno porque estava lá quando os amigos se agarraram pela primeira vez, porque soube quando eles transaram no réveillon da praia, porque dançou, bebeu e se emocionou até as lágrimas quando eles se casaram. Naquele dia memorável eles pareciam tão apaixonados, tão jovens e tão bonitos que nada poderia impedir que se amassem para sempre.
Alguém aí põe “Eduardo e Mônica”, por favor?
A imagem da felicidade dos casais amigos é tão preciosa que não pertence apenas a eles. Ela faz parte da nossa vida. Compõe o filme da nossa existência. Está lá junto com a foto engraçada em que nos preparamos para a primeira balada. Faz parte da mesma sequência em que estamos gritando e batendo panelas na passeata. Lembra daquele momento em que todo mundo está bêbado e abraçado na festa da formatura? A gente se amava tanto… Essa é a sensação, essa é a imagem que a gente quer levar para o resto da vida. Pode tocar “With a little help from my friends”, da abertura de Anos Incríveis.
Nostalgia é um sentimento delicioso, mas ele não deveria dirigir a nossa vida. Assim como a adolescência e os dias de “cabelo ao vento e gente jovem reunida” da faculdade fatalmente acabam, a grande paixão inesquecível da juventude também deixa de existir para muitos de nós. Haverá aqueles que tendo encontrado o amor aos 17 anos crescerão com ele até casar, ter filhos e construir, com base nessa relação afortunada, uma vida intensa e plena. Para outros, não. Para esses será preciso deixar para trás o amor dos 20 anos e descobrir outras formas de amar, outras pessoas, outros tipos de relação. Também nisso há uma espécie de fortuna: a possibilidade de viver outras vidas na mesma vida, a possibilidade de começar de novo quantas vezes for preciso.
A boa notícia é que a vida se renova em todas as formas que a gente decide viver. Muitas vezes literalmente.
No mesmo momento das separações, há pessoas que estão celebrando uniões duradouras com o primeiro filho, depois de terem batido pé por boa parte do mundo. Há outras que tendo procurado o amor com a dedicação e a ansiedade dos caçadores de tesouro, agora parecem sossegadas, e se preparam para por no mundo uma menina que nasce para dizer: encontrei!
No mundo que nós recebemos de nossos pais, e ajudamos a definir com as nossas escolhas todos os dias, parece não existir uma única direção em que as coisas se movem. Certamente não existe uma única maneira de fazer as coisas e um tempo único em que elas aconteçam. Todos os tempos convivem e todos os estilos de vida se tocam. O essencial é que todos eles sejam cercados de carinho, amizade e tolerância.
Não é possível estender a ternura visceral e a solidariedade da adolescência para o resto da vida, mas talvez seja possível organizar um mundo do qual ela não tenha sido varrida. Um mundo em que as pessoas construam suas vidas, da forma que acharem melhor, sob o olhar generoso e cúmplice de quem fez parte dela. Com a ajuda dos amigos e cercado por eles, fica tudo mais fácil.
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Como continuar…
Continuar a vida é uma tarefa que todos
temos que aprender, mas muitos de nós não sabe como. Hoje em dia
qualquer tristeza que a vida nos traz “entramos em depressão”. O que nos
esquecemos é que sofrer faz parte da vida, nos faz aprender. “Shit happens and then you live”. Quando
estamos em uma fase ruim temos que lembrar que quem manda em nossos
pensamentos nossa cabeça somos nós mesmos. Lembranças e chorar faz bem,
mas não devemos ficar remoendo o passado. Para dar o próximo passo
temos que virar a página e entender que passado é passado, e o presente
não tem este nome a tôa.
Viver a vida por nós mesmos pode nos
ensinar muito mais do que pensamos. Sozinhos temos como ver quem
realmente somos, do que realmente gostamos e o que fazemos por nós. Ser
egoísta as vezes nos faz crescer. Todos somos um pouco nós, um pouco
nossos pais, um pouco nossos amigos e as pessoas ao nosso redor. Chega
uma hora em que aprenderemos mais sobre nós mesmos sem influências, e
assim saberemos realmente o que queremos.
Dê um tempo a você, veja o que você ama,
o que você quer e do que você é capaz. Acima de tudo aprenda a se amar
da sua maneira, e se sentir que algo deve mudar, só você poderá fazer
isto.
Companheirismo que ajuda a vencer!
Por isso escolha bem com quem você convive, a qualidade das pessoas com
quem você comparte seu tempo e entrega seu carinho porque mais cedo ou
mais tarde elas podem te ajudar a subir ou a cair.
A pipa e a flor
Fiquei triste vendo aquela pipa
enroscada no galho da árvore. Rasgada, ela girava e girava, ao vento,
como se quisesse escapulir. Mas não adiantava. Você já viu aqueles
bichinhos de asas, quando eles caem em teias de aranha? Era daquele
jeito.
Tive dó. Pipa não foi feita para acabar assim. Pipa foi feita para voar. E é tão bonito quando a gente as vê, lá no alto.
Eu sempre quis ser uma pipa. Bem leve, sem levar nas costas nada que pese (o que é pesado puxa a gente para baixo...), papel de seda, taquara fina que enverga, mas não quebra, linha forte, um pouquinho de cola e, pronto ! Lá está a pipa, pronta pra voar.
As cores e as formas (que são tantas!) a gente escolhe aquelas que o coração está pedindo. Pipa, pra ser boa, tem que se parecer com os nossos desejos (e eu penso que as pessoas também, para serem boas, têm de ter uma pipa solta dentro delas).
Não é preciso vento forte. Uma brisa mansinha deve levá-la até lá em cima, perto das nuvens. É por isso que elas têm de ser bem leves. O vento chega, as folhas das árvores tremem, e lá vão elas subindo, pra dentro do vazio do céu.
Só que tem uma coisa gozada. Pipa, pra subir, tem de estar amarrada na ponta de uma linha. E a outra ponta é uma mão que segura. É assim que a pipa conversa, através da linha. A mão puxa a linha e sente a linha firme, puxando pra cima, querendo ir.
E a pipa dizendo: "Me deixa ir um pouco mais..."
Mas se a linha responde frouxa, é a pipa dizendo que está sem companheiro, o vento foi embora, e ela quer voltar pra casa.
Quando eu era menino, e me lembro, havia um homem.
Justo quando as pipas estavam lá em cima batizadas, carretilha sem mais linha para dar, ele vinha e comprava as pipas dos meninos. Pagava o preço justo. Só que o gosto dele era cortar a linha. Quem nunca brincou com elas vai pensar que, com a linha cortada, vão subir cada vez mais alto, nas costas do vento, sem nada que as segure.
Mas não é assim. Quando a linha arrebenta, começam a cair. E vão caindo sempre, cada vez mais longe, tristes, abanando as cabeças...
O menino que a fez estava alegre, e imaginou que a pipa também estivesse. Por isto fez nela uma cara risonha, colando tiras de papel de seda vermelho: dois olhos, um nariz, uma boca.
Ô, pipa boa: levinha, travessa, subia alto. Gostava de brincar com o perigo, vivia zombando dos fios e dos galhos das árvores.
"Vocês não me pegam, vocês não me pegam..."
E, enquanto ria, sacudia o rabo em desafio. Chegou até a rasgar o papel, num galho que foi mais rápido, mas o menino consertou, colando um remendo da mesma cor.
Amigos, tinha aos montões. E os seus olhos iam agradando à todos eles, sempre com aquela risada gostosa, contando casos.
Mas aconteceu um dia, ela estava começando a subir, correndo de um lado para o outro no vento, olhar para baixo e viu, lá num quintal, uma flor. Ela já havia visto muitas flores. Só que desta vez os seus olhos e os olhos da flor se encontraram, e ela sentiu uma coisa estranha. Não, não era a beleza da flor. Já vira outras, mais belas. Eram os olhos.
Quem não entende pensa que todos os olhos são parecidos, só diferentes na cor. Mas não é assim. Há olhos que agradam, acariciam a gente como se fossem mãos.
Outros dão medo, ameaçam, acusam, e quando a gente se percebe encarados por eles, dá um arrepio ruim por dentro. Tem também os olhos que colam, hipnotizam, enfeitiçam.
A pipa ficou enfeitiçada. Não mais queria ser pipa. Só queria uma coisa: fazer o que a florzinha quisesse. Ah! Ela era tão maravilhosa. Que felicidade se pudesse ficar de mãos dadas com ela, pelo resto dos seus dias.
E assim, resolveu mudar de dono. Aproveitando-se de um vento forte, deu um puxão, arrebentou a linha e foi cair devagarinho, ao lado da flor.
E deu a sua linha para ela segurar. Ela segurou forte.
Agora, sua linha nas mãos da flor, a pipa pensou que voar seria muito mais gostoso. Lá de cima ela conversaria com ela, e ao voltar lhe contaria estórias que ela pudesse dormir.
E ela pediu: "Florzinha, me solta..."
E a florzinha soltou.
A pipa subiu bem alto e seu coração bateu feliz. Quando se está lá no alto é bom saber que há alguém esperando, lá em baixo.
Mas a flor, aqui debaixo, percebeu que estava ficando triste. Não, não é que estivesse triste. Estava ficando com raiva. Que injustiça que a pipa pudesse voar tão alto e ela tivesse de ficar plantada no chão. E teve inveja da pipa.
Tinha raiva quando via as pipas lá em cima, tagarelando entre si. E ela, flor, sozinha deixada de fora.
"Se a pipa me amasse de verdade não poderia estar feliz lá em cima, longe de mim. Ficaria o tempo todo aqui comigo..."
E à inveja juntou-se o ciúme. Inveja é ficar infeliz vendo as coisas bonitas e boas que os outros têm e nós não. Ciúme é a dor que dá quando a gente imagina a felicidade do outro, sem que a gente esteja com ele.
E a flor começou a ficar malvada.
Ficava emburrada quando a pipa chegava. Exigia explicações de tudo.
E a pipa começou a ficar com medo de ficar feliz, pois sabia que isto faria a flor sofrer.
E a flor foi, aos poucos, encurtando a linha. A pipa não mais podia voar. Via, ali de baixinho, de sobre o quintal (esta era toda a distância que a flor lhe permitia voar) as outras pipas lá em cima.
E sua boca foi ficando triste. E percebeu que já não gostava tanto da flor, como no início.
Esta estória não terminou. Está acontecendo agora, em algum lugar. E há 3 jeitos de escrever o seu fim. Você é que vai escolher.
1. A pipa ficou tão triste que resolveu nunca mais voar. "Não vou te incomodar com meus risos, flor, mas também não vou te dar a alegria de meu sorriso."
E assim ficou amarrada à flor, mas mais longe dela do que nunca, porque o seu coração estava em sonhos de vôos e nos risos de outros tempos.
2. A flor, na verdade, era uma borboleta que uma bruxa má havia enfeitiçado e condenado a ficar fincada no chão. O feitiço só se quebraria no dia em que ela fosse capaz de dizer não à sua inveja e ao seu ciúme e se sentisse feliz com a felicidade dos outros.
E, aconteceu que, um dia, vendo a pipa voar, ela se esqueceu de si mesma por um instante e ficou feliz ao ver a felicidade da pipa. Quando isto aconteceu, o feitiço se quebrou e ela voou, agora como borboleta, para o alto e os dois, pipa e borboleta puderam brincar juntos.
3. A pipa percebeu que havia mais alegria na liberdade de antigamente que nos braços da flor. Porque aqueles eram braços que amarravam. E assim, num dia de grande ventania, e se valendo de uma distração da flor, arrebentou a linha e foi em busca de uma outra mão que ficasse feliz vendo-a voar nas alturas.
Rubem Alves.
Tive dó. Pipa não foi feita para acabar assim. Pipa foi feita para voar. E é tão bonito quando a gente as vê, lá no alto.
Eu sempre quis ser uma pipa. Bem leve, sem levar nas costas nada que pese (o que é pesado puxa a gente para baixo...), papel de seda, taquara fina que enverga, mas não quebra, linha forte, um pouquinho de cola e, pronto ! Lá está a pipa, pronta pra voar.
As cores e as formas (que são tantas!) a gente escolhe aquelas que o coração está pedindo. Pipa, pra ser boa, tem que se parecer com os nossos desejos (e eu penso que as pessoas também, para serem boas, têm de ter uma pipa solta dentro delas).
Não é preciso vento forte. Uma brisa mansinha deve levá-la até lá em cima, perto das nuvens. É por isso que elas têm de ser bem leves. O vento chega, as folhas das árvores tremem, e lá vão elas subindo, pra dentro do vazio do céu.
Só que tem uma coisa gozada. Pipa, pra subir, tem de estar amarrada na ponta de uma linha. E a outra ponta é uma mão que segura. É assim que a pipa conversa, através da linha. A mão puxa a linha e sente a linha firme, puxando pra cima, querendo ir.
E a pipa dizendo: "Me deixa ir um pouco mais..."
Mas se a linha responde frouxa, é a pipa dizendo que está sem companheiro, o vento foi embora, e ela quer voltar pra casa.
Quando eu era menino, e me lembro, havia um homem.
Justo quando as pipas estavam lá em cima batizadas, carretilha sem mais linha para dar, ele vinha e comprava as pipas dos meninos. Pagava o preço justo. Só que o gosto dele era cortar a linha. Quem nunca brincou com elas vai pensar que, com a linha cortada, vão subir cada vez mais alto, nas costas do vento, sem nada que as segure.
Mas não é assim. Quando a linha arrebenta, começam a cair. E vão caindo sempre, cada vez mais longe, tristes, abanando as cabeças...
O menino que a fez estava alegre, e imaginou que a pipa também estivesse. Por isto fez nela uma cara risonha, colando tiras de papel de seda vermelho: dois olhos, um nariz, uma boca.
Ô, pipa boa: levinha, travessa, subia alto. Gostava de brincar com o perigo, vivia zombando dos fios e dos galhos das árvores.
"Vocês não me pegam, vocês não me pegam..."
E, enquanto ria, sacudia o rabo em desafio. Chegou até a rasgar o papel, num galho que foi mais rápido, mas o menino consertou, colando um remendo da mesma cor.
Amigos, tinha aos montões. E os seus olhos iam agradando à todos eles, sempre com aquela risada gostosa, contando casos.
Mas aconteceu um dia, ela estava começando a subir, correndo de um lado para o outro no vento, olhar para baixo e viu, lá num quintal, uma flor. Ela já havia visto muitas flores. Só que desta vez os seus olhos e os olhos da flor se encontraram, e ela sentiu uma coisa estranha. Não, não era a beleza da flor. Já vira outras, mais belas. Eram os olhos.
Quem não entende pensa que todos os olhos são parecidos, só diferentes na cor. Mas não é assim. Há olhos que agradam, acariciam a gente como se fossem mãos.
Outros dão medo, ameaçam, acusam, e quando a gente se percebe encarados por eles, dá um arrepio ruim por dentro. Tem também os olhos que colam, hipnotizam, enfeitiçam.
A pipa ficou enfeitiçada. Não mais queria ser pipa. Só queria uma coisa: fazer o que a florzinha quisesse. Ah! Ela era tão maravilhosa. Que felicidade se pudesse ficar de mãos dadas com ela, pelo resto dos seus dias.
E assim, resolveu mudar de dono. Aproveitando-se de um vento forte, deu um puxão, arrebentou a linha e foi cair devagarinho, ao lado da flor.
E deu a sua linha para ela segurar. Ela segurou forte.
Agora, sua linha nas mãos da flor, a pipa pensou que voar seria muito mais gostoso. Lá de cima ela conversaria com ela, e ao voltar lhe contaria estórias que ela pudesse dormir.
E ela pediu: "Florzinha, me solta..."
E a florzinha soltou.
A pipa subiu bem alto e seu coração bateu feliz. Quando se está lá no alto é bom saber que há alguém esperando, lá em baixo.
Mas a flor, aqui debaixo, percebeu que estava ficando triste. Não, não é que estivesse triste. Estava ficando com raiva. Que injustiça que a pipa pudesse voar tão alto e ela tivesse de ficar plantada no chão. E teve inveja da pipa.
Tinha raiva quando via as pipas lá em cima, tagarelando entre si. E ela, flor, sozinha deixada de fora.
"Se a pipa me amasse de verdade não poderia estar feliz lá em cima, longe de mim. Ficaria o tempo todo aqui comigo..."
E à inveja juntou-se o ciúme. Inveja é ficar infeliz vendo as coisas bonitas e boas que os outros têm e nós não. Ciúme é a dor que dá quando a gente imagina a felicidade do outro, sem que a gente esteja com ele.
E a flor começou a ficar malvada.
Ficava emburrada quando a pipa chegava. Exigia explicações de tudo.
E a pipa começou a ficar com medo de ficar feliz, pois sabia que isto faria a flor sofrer.
E a flor foi, aos poucos, encurtando a linha. A pipa não mais podia voar. Via, ali de baixinho, de sobre o quintal (esta era toda a distância que a flor lhe permitia voar) as outras pipas lá em cima.
E sua boca foi ficando triste. E percebeu que já não gostava tanto da flor, como no início.
Esta estória não terminou. Está acontecendo agora, em algum lugar. E há 3 jeitos de escrever o seu fim. Você é que vai escolher.
1. A pipa ficou tão triste que resolveu nunca mais voar. "Não vou te incomodar com meus risos, flor, mas também não vou te dar a alegria de meu sorriso."
E assim ficou amarrada à flor, mas mais longe dela do que nunca, porque o seu coração estava em sonhos de vôos e nos risos de outros tempos.
2. A flor, na verdade, era uma borboleta que uma bruxa má havia enfeitiçado e condenado a ficar fincada no chão. O feitiço só se quebraria no dia em que ela fosse capaz de dizer não à sua inveja e ao seu ciúme e se sentisse feliz com a felicidade dos outros.
E, aconteceu que, um dia, vendo a pipa voar, ela se esqueceu de si mesma por um instante e ficou feliz ao ver a felicidade da pipa. Quando isto aconteceu, o feitiço se quebrou e ela voou, agora como borboleta, para o alto e os dois, pipa e borboleta puderam brincar juntos.
3. A pipa percebeu que havia mais alegria na liberdade de antigamente que nos braços da flor. Porque aqueles eram braços que amarravam. E assim, num dia de grande ventania, e se valendo de uma distração da flor, arrebentou a linha e foi em busca de uma outra mão que ficasse feliz vendo-a voar nas alturas.
Rubem Alves.
"Que eu
"Que eu possa descobrir a altura dos postes com pipas.
Que eu possa comprar fiado minha própria fé.
Que eu possa engolir o vento em cada esquina.
Que eu possa ouvir as cigarras de noite.
Que eu possa diferenciar as árvores.
Que eu erre o caminho para descobrir novas paisagens.
Que eu seja a vontade de rir.
Que eu tenha dúvidas melhor do que certezas e falir com elas.
Que a sorte não seja o cartão furado da loteria.
Que a única corrente que eu use seja a do balanço para embalar meu filho.
Que a cor da pele não seja maior que a cor do céu.
Que eu aceite os conselhos que a loucura dá.
Que eu faça aniversário de criança nos meus 34 anos.
Que eu lembre do nome dos colegas da infância.
Que eu lembre dos finais dos filmes.
Que eu lembre do inicio dos olhos.
Que eu me lembre de ser feliz enquanto ainda estou vivo."
Para não ter saudade
Esqueci seu sobrenome,
Mas me lembro de você. [Legião Urbana]
Pedro ouviu no rádio a canção que dizia do homem apaixonado que
sentia saudade. Em seu coração pequeno e em sua mente borbulhando
novidades, a palavra começava a fazer cócegas…Mas me lembro de você. [Legião Urbana]
- O que é saudade?
- Ah, Pedro, saudade é quando você quer alguma coisa que não está mais perto de você.
- Mas o que acontece com a gente se tiver isso?
- A gente fica um pouquinho triste, porque gostaria de ter aquilo de novo e não pode.
- E porque não toma remédio? Aquela gotinha ruim pra passar?
- Porque remédio não funciona neste caso, Pedro.
- E como eu faço pra não pegar saudade?
- Você aproveita bastante as coisas. Por exemplo, você gosta muito da Mimi, não é? Então você aproveita pra brincar muito com ela, e abraçar muito ela.
- Então eu vou lá fora brincar com ela, ta?
- Agora não pode, você precisa dormir! Amanhã de manhã você brinca.
- Mas e se eu pegar saudade? Vai que até amanhã não dá tempo?!
Ele tem razão. Pra evitar a saudade, basta lembrar que amanhã pode ser tarde demais.
"...Para viver de verdade
"...Para
viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela
valha a pena, é preciso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança;
qualquer esperança. Questionar o que nos é imposto, sem rebeldias
insensatas mas sem demasiada sensatez. Saborear o bom, mas aqui e ali
enfrentar o ruim. Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar,
entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade. Sonhar,
porque se desistimos disso apaga-se a última claridade e nada mais
valerá a apena. Escapar, na liberdade do pensamento, desse espírito de
manada que trabalha obstinadamente para nos enquadrar, seja lá no que
for. E que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor que
afinal se conseguiu fazer."
Não guarde
Não guarde mágoas, guarde lembranças;
Não chore lembranças, recorde alegrias;
Não viva do passado, aproveite o presente;
Não fuja do agora, prepare o amanhã;
Você pode, e deve, escolher o roteiro de sua vida;
Apague o que já passou e não retorna mais;
Refaça o seu acervo de lembranças:
As más, relegue ao esquecimento;
Às boas, dê ainda mais brilho;
ao nosso redor"
"Frequentemente subestimamos o poder de um toque, um sorriso, uma
palavra gentil, um ouvido à disposição, um elogio sincero, ou o menor
ato de atenção, tudo aquilo que tem potencial para mudar a vida ao nosso redor"
"Todos nós amamos
"Todos nós amamos, erramos ou julgamos mal...
Todos nós já fizemos uma coisa quando o coração mandava fazer outra...
Então, qual a moral disso tudo?
Nem tudo sai como planejamos portanto, uma coisa é certa...
Não continue pensando em suas fraquezas e erros, faça tudo que puder para ser feliz hoje!
Não deite com mágoas no coração.
Não durma sem ao menos fazer uma pessoa feliz!
E comece com você mesmo!"
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Divagações de viagem
Havia
um jornal esquecido sobre um banco na estação. Acho que eram cinco ou
seis da tarde. Um vento fresco e agradável soprava com força,
causando-me uma sensação maravilhosa de conforto e liberdade. Para mim é
sempre maravilhoso desfrutar do frescor da estação. Por isso eu nunca
tenho pressa para que o trem chegue. Enquanto estou na estação posso
observar os pássaros, os pombos que se aninham nas vigas e refletir
sobre a liberdade, essa liberdade-escravidão, porque ao mesmo tempo
liberta e aprisiona. Pois se por um lado as aves voam para onde querem,
por outro nunca têm um lugar certo para dormir, não têm outra escolha
senão passar a noite ao relento. Elas estão sempre presas às sua própria
liberdade. Por isso às vezes eu prefiro ser cativo. Prefiro a segurança
de não poder voar.
O
trem chegou. Olhei para um lado e para o outro para ver se o dono do
jornal apareceria e como ninguém se manifestou, eu o peguei e embarquei.
Naquele horário não havia muitas pessoas no metrô. Assim, escolhi um
lugar na parte de trás do vagão e sentei junto à janela. Assim que o
trem entrou em movimento, minha mente pareceu ter feito o mesmo.
Observei o mundo a se mover lá do lado de fora e senti o movimento e as
vibrações agitarem meu corpo. Pus-me então a pensar na vida. Foi por
isso que eu escolhi aquele lugar do vagão. Era um lugar em que eu podia
ficar sozinho para pensar, sem ninguém para me distrair, sem ninguém
para interromper meus pensamentos. Eu estava triste, meu peito doía por
dentro. Queria pensar em algo que me fizesse esquecer meus problemas. Ou
talvez apenas observar as pessoas, tentar descobrir o que estão
sentindo apenas lendo seus gestos e seu comportamento. Gosto de tentar
ler as mensagens que seu comportamento transmite.
O
vagão estava quase vazio. Havia apenas seis pessoas. Uma moça sentada
sozinha, aparentemente triste, com a cabeça recostada sobre o vidro da
janela; um jovem casal de filhos, a mulher com a cabeça repousando sobre
o ombro do homem, o homem parecendo um tanto indiferente à mulher; dois
rapazes, aparentemente amigos, conversando sobre assuntos banais lá na
parte da frente; e um homem aparentemente nos seus trinta e cinco anos,
sentado sozinho, segurando uma sacola de frutas entre as pernas. Como
não encontrei nada de interessante naquelas pessoas, decidi voltar meus
olhos para o mundo lá fora, o mundo que se movia diante dos meus olhos.
Chegamos
à estação seguinte e quando as portas se abriram, outras pessoas
embarcaram. Uma senhora pequena e magra, aparentando seus sessenta e
poucos anos, veio e se sentou também na parte detrás do vagão, mas no
lado oposto ao meu. Tinha um sorriso permanente, como se dormisse e
acordasse sempre sorrindo. Parecia ser uma mulher muito simpática. Seu
ar meigo me fazia lembrar a minha avó, que faleceu há poucos anos. Fez
me sentir saudades dela. Pobre velinha... Não pude deixar de observá-la,
mas logo que percebi que também olhava para mim, voltei os meus olhos
para o jornal que eu tinha nas mãos. Não queria que ela tivesse algum
motivo para iniciar uma conversa comigo. Não gosto de conversar. Não
queria conversar com ninguém naquele momento. Queria apenas ficar só com
os meus pensamentos.
Na
estação seguinte mais pessoas entraram no trem. A velhinha saiu então
de onde estava e veio sentar-se ao meu lado. "Oh, não!", pensei. "Por
que ela simplesmente não fica onde estava!?". Continuei agindo como se
não houvesse mais ninguém ali. Ela também ficou em silêncio por um
tempo, mas olhava insistentemente para o jornal que eu estava lendo. O
ar sorridente não saía de seu rosto. A mulher irradiava alegria e
serenidade. Ela então me ofereceu um doce, que eu gentilmente recusei.
Depois se manteve em silêncio por mais uns dois minutos, mas logo em
seguida voltou a falar. A princípio eu me senti incomodado com a
presença daquela mulher. Mas depois de algum tempo comecei a prestar
atenção às suas palavras e por fim acabei me interessando pelo que ela
dizia.
-
Vê aquela família ali na frente? O menino parece querer falar, mas seus
pais não lhe dão a menor atenção. Faz um bom tempo que estão
conversando sobre suas coisas bobas de adultos e não percebe que o
menino pode ter algo grandioso para dizer, algo que talvez supere toda a
sabedoria dos adultos. Mas o que aconteceria se esses adultos então
parassem e resolvessem escutar o que o menino tem a dizer, e
descobrissem a magia das coisas, os grandes segredos que só as crianças
conhecem? Não, isso jamais acontecerá... Bobagem
Lembrei-me
de quando eu era criança. Eu podia ouvir a voz dos pássaros. Podia
compreender as vozes da natureza. Podia entender o sentido de coisas que
hoje eu não compreendo. Tudo que aquela senhora dizia fazia muito
sentido. E o que ela dizia me fazia sentir muito feliz. Ela, no entanto,
parecia nem se importar se eu estava prestando atenção ou não, como se
não falasse comigo, mas consigo mesma.
-
Está vendo o sol se pondo lá no horizonte? O ocaso é muito bonito, não é
mesmo? Mas é também triste... Parece que o sol está morrendo
lentamente, sendo sugado pouco a pouco pelo horizonte assassino, até
desaparecer por completo. O céu, por sua vez, parece se consternar pela
morte do sol e então se cobre de luto. O negror da noite parece o luto
pela morte do sol. Parece a tristeza do céu pelo sol que se foi. O que
me conforta, no entanto, é saber que o sol não morre. Ele está vivo lá
do outro lado do mundo. Ele está iluminando o céu de outro lugar. O sol
não morre, porque a morte não existe. As pessoas também não morrem.
Assim como sol, os que partiram deste mundo estão brilhando lá nossos
pensamentos, na nossa imaginação, nos momentos que recriamos na nossa
mente os fatos que passamos juntos com aqueles que já se foram, isso
pode ser considerado como lá do outro lado da vida. È por isso que eu
gosto do ocaso. Porque sempre que eu vejo o ocaso eu me lembro de que
não existe a morte. Não quando aqueles que já se foram estão em nossos
corações, pensamentos e imaginação.
Como
eu queria ter anotado tudo aquilo que ela disse! Cheguei a pegar um
pedaço de papel e uma caneta para tentar escrever. Não consegui escrever
nada. O balanço do trem não me deixou escrever. Assim é a minha vida,
cheia de turbulências, cheia de solavancos, que me impedem de escrever
as linhas da minha história em linhas perfeitas, precisas, com letras
bonitas e bem desenhadas... Minhas linhas saem tortas, como as linhas
que comecei a traçar naquele pedaço de papel. Desisti de escrever.
Chegou à estação terminal. A viagem foi rápida demais. Queria ouvir um
pouco mais aquela velinha. Mas ela já se preparava para se levantar.
Antes de sair ela apontou para o jornal que estava na minha mão e disse "Muito
obrigada por me ouvir, rapaz. Eu estava precisando muito de alguém para
conversar. Você me lembra muito o meu neto, esse rapaz que está aí na
foto no seu jornal."
Quando
ela se foi, eu olhei para o jornal e vi na primeira página a foto do
neto daquela mulher. A matéria dizia que ele havia sido assassinado por
bandidos havia poucos dias... Aprendi que sábias são pessoas como aquela
senhora, que sabem sorrir mesmo em meio à dor e ao sofrimento. Pessoas
que não sentem pena de si mesmas, que não culpam os olhos por seus
problemas. Sábias são pessoas como ela, que mesmo depois de uma grande
tragédia conseguem enxergar a beleza das coisas. Desci do trem, deixei
aquele jornal sobre um banco qualquer na estação e segui meu caminho,
pensando nas palavras daquela velha senhora e tentando ouvir a voz de
minha própria alma.
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
O Carpinteiro
Um velho carpinteiro estava pronto para se aposentar.
Ele informou ao chefe seu desejo de sair da indústria de construção e passar mais tempo com sua família.
Ele ainda disse que sentiria falta do salário, mas realmente queria se aposentar.
A empresa não seria muito afetada pela saída do carpinteiro, mas o chefe estava triste em ver um bom funcionário partindo e ele pediu ao carpinteiro para trabalhar em mais um projeto, como um favor.
O carpinteiro concordou, mas era fácil ver que ele não estava entusiasmado com a idéia.
Ele prosseguiu fazendo um trabalho de segunda qualidade e usando materiais inadequados.
Foi uma maneira negativa dele terminar sua carreira.
Quando o carpinteiro acabou o chefe veio fazer a inspeção da casa.
E depois ele deu a chave da casa para o carpinteiro e disse:
“Essa é sua casa. Ela é o meu presente para você".
O carpinteiro ficou muito surpreso. Que pena!
Se ele soubesse que ele estava construindo sua própria casa, ele teria feito tudo diferente.
Ele informou ao chefe seu desejo de sair da indústria de construção e passar mais tempo com sua família.
Ele ainda disse que sentiria falta do salário, mas realmente queria se aposentar.
A empresa não seria muito afetada pela saída do carpinteiro, mas o chefe estava triste em ver um bom funcionário partindo e ele pediu ao carpinteiro para trabalhar em mais um projeto, como um favor.
O carpinteiro concordou, mas era fácil ver que ele não estava entusiasmado com a idéia.
Ele prosseguiu fazendo um trabalho de segunda qualidade e usando materiais inadequados.
Foi uma maneira negativa dele terminar sua carreira.
Quando o carpinteiro acabou o chefe veio fazer a inspeção da casa.
E depois ele deu a chave da casa para o carpinteiro e disse:
“Essa é sua casa. Ela é o meu presente para você".
O carpinteiro ficou muito surpreso. Que pena!
Se ele soubesse que ele estava construindo sua própria casa, ele teria feito tudo diferente.
O mesmo acontece conosco. Nós construímos nossa vida, um dia de cada vez e muitas vezes fazendo menos que o melhor possível na construção.
Depois com surpresa nós descobrimos que nós precisamos viver na casa que nós construímos.
Se nós pudéssemos fazer tudo de novo, faríamos tudo diferente.
Mas não podemos voltar atrás.
Você é o carpinteiro!
Todo dia você martela pregos, ajusta tábuas e constrói paredes.
A vida é um projeto que você mesmo constrói.
Suas atitudes e escolhas de hoje estão construindo a "casa" que você vai morar amanhã.
Construa com Sabedoria!
Aprenda.
“Aprenda
a tirar coisas boas de tudo àquilo que viveu, pois nada em que tenha
vivido, ou que tenha feito, foi em vão, valeu de alguma coisa por pior
que tenha sido, aprenda a se cansar de sua própria loucura, e torne-se
são. Aprenda que você está no fundo do poço, mas esse poço poderia não
ter fundo, aprenda que esse poço em que está poderia estar tampado,
aprenda a acreditar, aprenda que a vida e o futuro são incertos, mas
quem escolhe o seu caminho é você. Nunca apague tudo que viveu. Pois se
apagar, suas informações vão ter de ser recriadas, e os erros, cometidos
de novo. Nunca diga não para um começo, ou recomeço a vida é um
movimento constante, e o tempo não vai parar para que você possa sofrer,
siga sempre em frente, não retroceda, seja sempre feliz, e nunca pare
para procurar a felicidade ela está em cada sorriso seu por mais curto
que esse sorriso seja, quem muito procura a felicidade esquece de viver,
e passa pelos momentos mais felizes de sua própria vida. Logo
pela manhã olhe-se no espelho, não espere o pior. Fale sozinho,
desabafe, sorria, pense ande, seja. Deixe as coisas, ruins para trás,
peça desculpa seja humilde. Não morra antes de sua hora. Não pare para
ver as pessoas indo embora, não deseje que as coisas sejam melhores,
faça alguma coisa para que elas sejam realmente boas. Não calcule, nem
perca tempo estimando seu tempo de vida. Não chore desnecessariamente,
mas não fique sem chorar, comece dias novos daqui para frente. Não
permita que as pessoas simplesmente lhe roubem a vivacidade,
não deixe que te engabelem, não seja apenas mais um número, nem um
coração vazio. Seja um DNA, seja único. E simplesmente ama-se não seja
injusto ou severo consigo mesmo, aprenda que aquele que realmente olha
em seus olhos vale a pena. Aprenda, e apenas abra os olhos para o melhor
que você poderia ser”.
Viva para você e faça isso intensamente.
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
Não é só porque amizades acabaram, namoros terminaram nem porque as pessoas te decepcionaram, que você deve lamentar. Afinal, se não era verdadeiro, pra que chorar? Nada precisa ser eterno pra que você curta o momento e seja feliz. Se foi divertido, é o que faz sentido. ' O importante é que emoções eu vivi. ' Apegue-se apenas aos momentos felizes, e o que se divertiu com eles. APROVEITAR SEMPRE! E no final de tudo, vamos olhar pra trás e lembrar o quanto a nossa vida foi perfeita.
Eu acredito e você?
Eu acredito que existem coisas que valem a pena acreditar.
Eu acredito em poesias perfeitas, escritas com o coração.
Eu acredito em beleza, encanto, inspiração.
Eu acredito em simplicidade, entrega, naturalidade.
Eu acredito em cumplicidade.
Eu acredito na força do tempo.
Eu acredito que todos erram, mas acredito mais ainda no perdão.
Eu acredito em presentes, oportunidades e recomeços.
Eu acredito que as pessoas podem acertar de primeira, mas também acredito em uma segunda tentativa e até em uma última chance.
Eu acredito em palavras e em lembranças.
Eu acredito em encontro, carinho, afago, aconchego, colo e compreensão.
Eu acredito na segurança que dá caminhar de mãos dadas.
Eu acredito em histórias, surpresas, jantarzinhos a dois e flores ao amanhecer.
Eu acredito em romantismo e em beijos intermináveis.
Eu acredito em suspiros, brilho no olhar, friozinho na barriga e arritmia no coração.
Eu acredito que existe alguém que complete exatamente o que falta no outro e que, certamente, o outro completará a parte que essa pessoa busca.
Eu acredito em manhãs de sol, tardes de flores e noites de lua cheia.
Eu acredito em estrela cadente.
Eu acredito em Papai Noel, coelhinho da páscoa, fadas e no São Longuinho.
Eu não devia, mas muitas vezes acredito na Lei de Murph.
Eu acredito que as crianças são os seres mais verdadeiros do mundo.
Eu acredito que dentro de nós há sempre uma criança.
Eu acredito em sorrisos, alegrias, gargalhadas, diversão.
Eu acredito nas lágrimas de dor, de saudade, de tristeza, de alegria e de emoção.
Eu acredito que alguns minutos de choro lavam a alma e aliviam o coração.
Eu acredito em fotografias, letras de músicas e filmes. Acredito que há sempre uma linda história por trás de tudo isso.
Eu acredito na entrega, na contemplação, na dedicação e no orgulho.
Eu acredito na paz, no entendimento, na suavidade e na sutileza.
Eu acredito que humor é contagioso (Bom ou mal).
Eu acredito nas pessoas…
Eu acredito que algumas possuem algo mais… E às vezes, a gente confunde com anjos.
Eu acredito em anjos.
Eu acredito em pessoas que existem em nossas vidas e enchem nosso espaço com pequenas alegrias e grandes atitudes.
Eu acredito em pessoas firmes, verdadeiras, transparentes, amigas, sinceras, sensatas, coerentes, corretas.
Eu acredito em pessoas que passam pela nossa vida e deixam sua marca, deixam saudades.
Eu acredito que não é vergonha nenhuma dizer eu não sei.
Eu acredito em sonhos.
Eu acredito que todos os momentos são únicos.
Eu acredito que devemos amar as pessoas como se não houvesse amanhã.
Eu acredito na família, nos amigos. Na semente, nas flores e nos frutos.
Eu acredito na paixão, no tesão.
Eu acredito na paciência e na maturidade.
Eu acredito em sexto sentido, percepção e intuição.
Eu acredito em destinos, encontros e desencontros.
Eu acredito em amor a primeira vista, amor a segunda olhada e amor que vem com o tempo.
Eu acredito em escolhas e caminhos.
Eu acredito em criatividade, ideias e potencial.
Eu acredito que tudo tem um lado positivo.
Eu acredito em coisas planejadas, mas também acredito nas improvisadas.
Eu acredito que o maior portifólio de idéias é a imaginação.
Eu acredito que cada dia é único, cada pessoa é única, e a maneira como sentimos as coisas também é única.
Eu acredito e sempre dou o melhor de mim.
Eu acredito em plantar, cultivar e colher.
Eu acredito que tudo tem seu tempo.
Eu acredito em um mundo melhor, em desenvolvimento sustentável.
Eu acredito na ousadia de querer sempre mais.
Eu acredito na determinação, na motivação, na esperança.
Eu acredito em dias melhores, em novos projetos.
Eu acredito que a iniciativa nos diferencia na multidão.
Eu acredito em disciplina e foco.
Eu acredito que qualquer um pode ensinar e que com qualquer um podemos aprender.
Eu acredito que algumas coisas são inexplicáveis.
Eu acredito que muitas coisas são imutáveis, mas que sempre arrumamos uma maneira de adaptá-las a nossa vida.
Eu acredito na natureza, na beleza das borboletas, no perfume das flores, na suavidade do vôo dos pássaros.
Eu acredito que há sempre uma razão para tudo.
Eu acredito no amor e que sem ele nada vale a pena.
Os poetas...
O mundo
tem suas tristezas, mas não vive apenas delas. As revistas e os jornais
enfatizam demais as calamidades, os escândalos e as catástrofes... Até
as alegrias para se tornarem reconhecidas têm que ser associadas a
enormes conquistas. O primeiro beijo, um entardecer em boa companhia, a
formatura de um familiar ou o belo jardim que cultivamos, nada disso
vira notícia. Apenas os poetas as enaltecem em seus versos, através dos
seus olhos cheios de amor.
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