sexta-feira, 29 de abril de 2011

Quando o amor acenar




Quando o amor acenar, siga-o ainda que por caminhos ásperos e íngremes.

E quando suas asas o envolverem, renda-se a ele ainda que a lâmina escondida sob suas asas possa feri-lo. E quando ele falar a você acredite no que ele diz ainda que sua voz possa destroçar seus sonhos, assim como o vento norte devasta o jardim.

Pois, se o amor coroa, ele também o crucifica. Se o ajuda a crescer, também o diminui.

Se o faz subir às alturas e acaricia seus ramos mais tenros que tremem ao sol, também o faz descer às raízes e abala sua ligação com a terra.

Como os feixes de trigo, ele o mantém íntegro. Debulha-o até deixá-lo nu. Transforma-o, livrando-o de sua palha. Tritura-o, até torná-lo branco. Amassa-o, até deixá-lo macio e, então, submeta-o ao fogo para que se transforme em pão, no banquete sagrado de Deus.

Todas essas coisas pode o amor fazer para que você conheça os segredos de seu coração e, com esse conhecimento, se torne um fragmento do coração da VIDA.

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