sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Se eu pudesse escolher um momento para recordar, talvez não saberia quais dos tantos que eu vivi seria o mais brilhante; me pergunto se quando chorei pela primeira vez nos braços de minha mãe, cansada após as dolorosas horas de parto; me pergunto ainda se seria quando balbuciei minhas primeiras palavras, ou ainda quando dei meus primeiros passos... Ah! Aqueles pequenos passos que eu pouco sabia onde me levariam, tão incertos e inseguros. Os passinhos da nobre alvorada de uma nova vida. Se eu pudesse escolher dentre essas tantas horas em que refleti sobre meu futuro, não saberia nada sobre os próximos dois ou dez anos. Eu era ainda um jovem imaturo e inconsequente, e mereço meu perdão e minha modéstia. Porque afinal eu nunca saberia nada mesmo. Se eu tive medo, foi do avançar dos anos. Se tive vergonha, foi das marcas que a história me daria. Lembro que se me angustiei, foi pela sensação de perda que aos poucos tomava de conta de mim. Hoje, o que sei, é que aqueles dias nunca mais voltarão. Mas deixaram minhas melhores lembranças guardadas com muito cuidado. E os dias que chegaram me mostram agora que o que já foi, o que é e o que será, são como peças complementares da grande história que vivemos: a Vida. " face / Terceira Idade .

Nenhum comentário:

Postar um comentário