domingo, 14 de julho de 2013
Amo a liberdade, por isso as coisas que amo deixo-as livres. Se voltarem é porque as conquistei. Se não voltarem é porque nunca as tive. Seres humanos são como pássaros: precisam de liberdade! Então, livre-se do sentimento de posse e aprenda a amar sem esperar nada em troca. Eu entendo que é difícil lidar com a partida de uma pessoa querida. Dói encarar uma relação desfeita ou a separação de um filho. De repente, sem que a gente queira, algo acontece e uma pessoa se afasta. E nós não aceitamos, porque sustentamos a ilusão de que aquela fonte de afeto é nossa, e que aquilo ficará ali para sempre. Mas a vida leva essa pessoa embora, sinalizando que essa pessoa não é sua. Você percebe, aliás, que ela nunca lhe pertenceu. Agora eu pergunto: será que a vida não está mostrando que chegou a hora de você ser sua própria fonte? Sem querer, nós nos agarramos a terceiros. Vamos largar esse sentimento de posse! Se você souber amar, se dando e não esperando nada em troca, será mais feliz. Quando não existe apego, você fica livre para amar quem quiser, com a intensidade que puder, e sem ter medo do sofrimento, da perda e ou das mudanças que podem acontecer. Quando amamos com grandeza, não sofremos. E sabemos que o amor é só nosso. Você não tem um filho: só tem o amor por ele. Ninguém tem marido ou esposa — apenas se tem amor por eles. Só assim podemos usufruir desses sentimentos com segurança. Porque as características e necessidades dessas pessoas são únicas e podem mudar. Chega uma hora em que a vida e as reclamações interiores são mais fortes, e o destino acaba mudando. Infelizmente, a vida nem sempre muda para o lado que a gente quer. Mas um fato é certo: ela muda sempre para melhor. Pena que a gente só descobre isso depois de muito tempo. Então, não deixe seu coração se acanhar e ficar pequeno. Encare a realidade, porque a vida tem um fluxo, e nós precisamos saber acompanhá-lo. Se negamos essa inteligência, nos enchemos de raiva, ódio e inconformismo. Nos tornamos pessoas desagradáveis, tristes e lastimosas. (Luiz Antônio Gasparetto )
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