terça-feira, 16 de setembro de 2014

Nem toda distância é saudade. Às vezes quem vai deixa um pouco de si em cada lembrança que viveu ao lado de quem tanto aproveitou sua presença. Num sorriso simples, num gesto calmo e despretensioso; talvez até num abraço mais forte ou numa palavra acolhedora. Nem toda distância é proposital. Às vezes o tempo se encarrega de nos separar naturalmente, sem que a gente tenha culpa do que ocorreu durante o caminho. Às vezes a gente nem percebe o que tem acontecido ou, quando nos damos conta, já estamos em novas fronteiras, novos abraços... Guardando o silêncio respeitoso pelo que já passou. Na verdade, nem todo silêncio é esquecimento. É mais uma forma de homenagear o que foi vivido; de manter em segurança as boas lembranças. Um silêncio é o tempo que nós damos para nós mesmos: para rever sentimentos, rever sensações, reviver momentos... O silêncio é, também, uma resposta. Uma forma de agradecer, de um jeito todo acanhado, o que passamos e aproveitamos. No final nosso coração sempre sabe para onde voltar: para onde haja presença, ainda que distante; para onde haja o som dos sorrisos, ainda que em meio a vários minutos de um silêncio ..

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