sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Quem mora longe sente tudo em dobro.


A saudade espreme o coração e o amor só aumenta. Os dias demoram a passar e você começa a focar em outras coisas porque não quer lembrar que está longe. Tão longe. Você trabalha muito, estuda muito e vai à academia todos os dias, porque na sua cabeça, esse esforço é necessário para que você receba o seu prêmio quando a semana chegar ao fim. Namorar à distância é dormir olhando para a tela do celular, é ler a mesma carta dezenas de vezes, é escutar uma música que traga a pessoa para o seu lado. Amar alguém que está longe é valorizar o poder das palavras e o barulho da respiração do outro lado do telefone. É se agarrar a cheiros, fotos e lembranças. Amar alguém à distância é se entregar e não ter medo de ver o coração cansado e sufocado com as dificuldades. As horas passam devagar e o relógio se torna seu principal inimigo. As rodoviárias e aeroportos começam a parecer aconchegantes e as horas de viagem que deveriam ser tão estressantes, se tornam prazerosas. Suas roupas vivem amontoadas em uma mala e você chega a ter uma vida dupla. Amar à distância é se despedir com um sorriso no rosto e engolir as lágrimas que só poderão cair quando ele não estiver mais perto. Mas isso tudo não importa. Porque quando os olhos se encontram e a saudade se transforma em um abraço, nada mais importa. É só você, eu e uma estrada que se pudesse, pegava todos os dias.
A gente que ama longe, ama igual quem ama perto. O amor é o mesmo, a vontade é que é maior. Afinal, se um amor supera até a distância... acho que ele é capaz de superar tudo.

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