domingo, 27 de janeiro de 2013

O encontro com as flores - As estações da Vida

 


O título desse artigo é uma frase tirada da carta de uma usuária... e que verdadeira, terna e doce.

O que mais me chamou a atenção no que nos escreveu e que talvez ela mesma não tenha percebido foi a clareza e sabedoria sobre os tempos que existem na vida, vivemos por estações, a vida é sazonal, em certos momentos plantamos, para em outros colhermos e em muitos simplesmente vivemos e esperamos o que vem adiante.

Seguindo assim, não digo que os dias serão fáceis, plácidos ou simples, sem angústias ou urgências.
Existirão sempre os dias de sentimentos intensos, duros e difíceis, e existirão os outros que serão calmos, agradáveis e prazerosos. A cada dia, um sentimento diferente, a cada tempo, uma estação.

O que sua maturidade e clareza nos ajuda a perceber é justamente a alternância que rege nossa vida e que temos escolhas que precisam e devem ser feitas de acordo com as circunstâncias.

Ela nos conta exatamente desse caminho percorrido, sonhou, viveu, acalmou.

O tempo seguinte para aquele que ainda não encontrou um amor, e acredito ser sentido por muitos, é um dos tempos mais difíceis, pois ele precisa da esperança, do otimismo, é desafiador para aquele que busca uma relação, que deseja ávidamente viver um encontro afetivo.
Chega o tempo da espera, da espera por novas oportunidades e isso vale tanto para a vida no site, quanto para a vida fora dele.

Alguns, nesses momentos, optam por esperar e continuar apostando ainda que o cenário a frente não pareça tão promissor, outros optam pela retirada, pelo tempo do recolhimento.
Não há melhor e não há pior, a escolha é algo particular, o que apenas precisa existir é a compreensão e a aceitação desses ciclos da vida, das diferentes estações que seguem dentro de um compasso, afinadas com o ritmo que nem sempre é aquele que desejaríamos para o momento.

Ao fazer sua escolha nossa usuária nos diz " Vou ficar com as minhas flores e a passarada que me alegra." Nesse gesto ela se recolhe possivelmente na primavera, nas flores, com seus pássaros e na alegre companhia deles, não está sozinha, talvez não saiba disso, mas se recompõe e se renova para um nova aposta mais adiante.
O jogo não acabou, as apostas estão abertas e sempre estarão pelo menos enquanto houver o sonho e o desejo por um novo caminho.
Caminhando conforme o ciclo que atravessamos estaremos, apesar de medos e anseios, mais em paz com o que é possível para aquele momento, aprendemos a respeitar, a esperar, a cuidar, a simplesmente viver o que surgiu da combinação entre o que escolhemos para nossa vida e o que vida, em contrapartida, nos oferece.

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